Casa Pirajá

São Paulo, SP – Brasil

Autores

André Di Gregorio,
Rodrigo Maçonilio

Equipe

Beatriz Rocha,
Lorran Siqueira, Júlia Bruckmann, Alanna Scarcelli

Ano

2017

Terreno

100m²

Área construída

110m²

Fotografias

Maíra Acayaba

Do telhado à laje jardim.

Pertencente a terceira geração de uma mesma família essa casa na cidade de São Paulo foi reformada para receber os novos moradores, um jovem casal e seu cachorro. Os espaços exageradamente compartimentados, com pouca iluminação e pé-direito baixo não atendiam às expectativas.

Para que a casa se adaptasse ao morar contemporâneo a estrutura antiga foi demolida e foram mantidas apenas as alvenarias lindeiras ao lote, que são feitas de tijolo maciço e tinham função estrutural.

Após a demolição, o lote urbano que mede 4×24 metros foi ocupado com o novo programa que se dividiu em três níveis: térreo, superior e cobertura jardim.

Ao lado fotos da montagem da estrutura metálica.
Da primeira até a quarta foto passaram-se 10 dias durante a montagem de vigas e pilares metálicos e colocação das lajes pré-fabricadas em concreto para cobertura do térreo.

O percurso se inicia no recuo frontal em que o paisagismo formado por espécies nativas da mata atlântica torna a chegada a casa sedutora. 

O acesso ao sobrado se dá a partir de porta pivotante e caixilho de correr, que quando abertos por completo propiciam a extensão da área social.

No térreo a interpretação da organização espacial é clara, o diálogo entre a cozinha, sala de estar, jardim, churrasqueira é franco, livre de fechamentos verticais.

Na sala de estar, a estrutura fica aparente: pilares metálicos de seção cilíndrica, vigas metálicas, lajes painel, tijolos maciços e por fim a estante em chapas metálicas que foi desenhada pelos Arquitetos.

O jardim central, entre o estar e a churrasqueira, fora presenteado com uma Jabuticabeira adulta, transplantada na fase final da obra. Além de contribuir com o conforto térmico, a árvore compartilha seus frutos com os moradores.

Na parcela final do lote, a churrasqueira e o lavabo se dividem abaixo da laje de cobertura, que abriga árvores frutíferas de porte médio.

A cozinha é composta por móvel desenhado em marcenaria pelos Arquitetos, piso em ladrilho hidráulico e bancada em pedra. Juntos, os ambientes possuem 3,60 x 5,15m.

Em matéria para as versões impressa e online do jornal The New York Times o BRA falou sobre a Casa Pirajá.

O percurso até o pavimento superior se dá por meio de escada executada em estrutura mista em dois lances que não se tocam, o primeiro em concreto armado polido e os demais em chapa metálica dobrada.

O pavimento superior se divide entre duas suítes.

A escada metálica se estende até a cobertura, que é acessada a partir de escotilha automatizada. A nova estrutura somada ao piso elevado para a passagem da infraestrutura possibilitou a instalação de um gramado com jardim e horta no mesmo nível do deck em madeira. A lavanderia e os equipamentos de infraestrutura resolvem-se em um volume que pode ser aberto ou fechado por portas metálicas perfuradas do tipo camarão

Casa Pirajá no livro Vertical Living pela editora Gestalten.

×